#10ART – Dia 2 – Ana Beatriz Barroso
Um pouco da palestra de Ana que me tocou pela beleza das palavras
A arte sempre foi vista como uma ilusão, um mundo sensível, mundo imaginário completo, como uma outra realidade. Durante muito tempo sua função foi entreter, representar e iludir. Por um lado, a indústria cultural se apropriou disto e por outro novas funções foram sendo revelados. A arte passou a ser uma postura, um modo de olhar. O que ela defende é que a arte representa uma forma de conhecimento resultante de sensibilidade e emoção. De início a linguagem não é. Não é nada. É uma forma, uma relação. As palavras mudam de sentido de acordo com a organização delas. Portanto, a linguagem é um relacionamento, é relativa. Não é um meio de comunicação, um meio seria a escrita. A linguagem tão pouco é exclusividade humana. O que e estranho é a complexidade que adquiriu e nos permitiu nos impor entre outros animais. Dizer que existe uma linguagem da arte, seja visual, musical, plástica, é poder dizer que pensamos música, imagem e que a arte é uma forma de pensamento independente da linguagem verbal. O corpo sensível pensa de todas as formas simultaneamente, não sistematicamente e é isso que torna cada momento ímpar. O misterioso não é a arte, mas a vida! Conhecer é relacionar habitar a linguagem ao mesmo tempo que nos sentimos abandonados por ela.